DROGAS: fique fora!
Orientadora Educacional CED 416
Professora da EJA CEF 316 Santa Maria/DF
erginaslima@hotmail.com
Muito se tem falado e explicado sobre os danos causados pelas drogas, no entanto no interior das escolas, ainda se faz necessário abordar este tema considerado o mais crítico da atualidade, devido o seu aspecto alastrador e danoso à aprendizagem de nossos jovens. Preparar as crianças e os jovens para que não se envolvam com o consumo e tráfico de drogas é o objetivo maior da formação educacional. Para que se possa entender o envolvimento dos jovens com a droga é necessário esclarecer os fatores que os levam ao consumo.
Crise na adolescência
A marca registrada da adolescência é a transformação, tanto física, como psicológica. As modificações biológicas constituem a parte da adolescência, denominada puberdade. Neste período o corpo muda e há uma eclosão hormonal envolvendo hormônios sexuais, caracterizados pela capacidade reprodutiva. A médica e doutora em Medicina, Maria Ignez Saito, (in: Revista Psicopedagogia, 2001:11), afirma que “os jovens buscam sua identidade através do questionamento aos parâmetros adultos; expõem-se ao novo, como forma de desafio e se mostram onipotente diante do perigo”. A Dra. Saito alerta que, “a timidez, a baixa auto-estima, podem torná-los fragilizados, buscando soluções externas inadequadas para os seus problemas, (por exemplo, o uso de drogas), através das quais possam se sentir confiante, forte e liberto”.
Os jovens sentem necessidade de serem aceitos pela “turma”. A tendência grupal induz muitos deles a assumirem comportamentos para os quais não estão preparados tais como: experimentar drogas, iniciar relacionamento sexual, etc. As vivências da sexualidade também trazem riscos como a gravidez precoce, a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis e que podem estar associadas ao uso de drogas.
Há algum tempo o uso das drogas era restrito aos adultos, porém a larga escala de consumo fez-se com que as crianças e os jovens tornassem seus maiores consumidores. De acordo com o Procurador da República em Brasília, Dr. Guilherme Schelb, as causas desse fenômeno são várias, porém, “os tempos atuais levaram a uma reestruturação familiar que modificou definitivamente o processo de criação e educação dos filhos” (2007:76). Segundo Schelb, “os professores e lideres religioso exercem mais influência na formação moral dos jovens, do que os próprios pais”.
O papel da família
A família funciona como fator de proteção onde estão presentes o amor, o compromisso, o respeito, o diálogo e também os limites que também devem ser colocados com autoridade e afeto e não com autoritarismo. Quando ocorre a desestrutura deste contexto familiar, há o esgarçamento da personalidade tornando as pessoas frágeis e vulneráveis, podendo assim favorecer a inserção da droga. A ausência do afeto cria um vazio que pode ser preenchido das mais diferentes formas envolvendo uma gravidez indesejada, o uso da droga e até mesmo a violência.
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O papel da escola / professores
A escola tem um papel importante na tarefa de formar e não apenas informar. Dr. Elias Murad nos alerta de que os professores precisam aprender sobre as drogas para que possam estar “ aptos a transmitir boas e fortes informações nas campanhas antidrogas” (Projeto: De bem com a vida: 8). Os professores não devem ministrar lições de moral e sim apresentar os fatos científicos concretos e atuais, pois esta é a linguagem adequada para se tratar com as crianças e os jovens.
Embora não seja responsabilidade do professor solucionar questões das drogas, ele poderá desempenhar um papel importante no auxílio dos jovens dando suporte para que possam enfrentar a situação. Os desafios são muitos, principalmente porque o pedido de socorro pode não ser tão claro e se manifestar na indisciplina ou no desinteresse pelas atividades. Quando esses sinais evidenciarem é preciso à união de todos para que o melhor caminho seja encontrado.
As Drogas
Um dos principais motivos da violência escolar está no uso e no tráfico de drogas (ilícitas ou não). Muitos alunos usam e comercializam drogas dentro e nas proximidades da escola. Isso também atrai maus elementos para os arredores das instituições. Numa pesquisa realizada pela UDEMO – Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estrado de São Paulo, indicou que: “27% das escolas pesquisadas relataram que alunos portavam e consumiam bebidas alcoólicas durante as aulas. 19% das escolas foram invadidas por estranhos, com objetivo de furto, roubo, estupro, tráfico, de drogas. 18% acusaram porte ilegal de armas, por parte dos alunos.” . A presença do Batalhão escolar (realidade do DF) contribui para inibir possíveis problemas nas saídas das escolas e o comércio de drogas nos arredores da s escolas. Portanto, essa não é arealidade de todo país. Os professores, orientadores educacionais e gestores sozinhos não conseguem tratar dessa temática que aflige toda sociedade. É preciso criar saídas para tratar dos usuários e prevenir nossas crianças, adolescentes e jovens.
TratamentoPara solucionar o problema é preciso o trabalho envolvendo escola, estado, saúde pública, assistente social, psicólogos. É nesse ponto que as escolas públicas ficam sem amparo, porque as famílias não podem pagar uma clínica particular e muitas vezes têm dificuldade de conseguir vagas pelo SUS - Sistema Único de Saúde. A dependência química é uma doença e o estudante não pode ser julgado e culpado como um criminoso. Portanto, é fundamental uma batalha contínua e sem trégua no combate ao risco das drogas e na percepção do adolescente com seus dilemas e desafios, reconhecendo a necessidade de ouvi-los, apoiá-los e acolhê-los, pois quem deve ser expulsa da escola é a droga e não o aluno por ela vitimizado.
Apoio no combate às drogas:
AA - Alcoólicos Anônimos _ site: www.alcoólicosanônimos.org.br
NA – Narcóticos Anônimos – site: www.na.org.br
PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência www.proerdbrasil.com.br Central de Atendimento VIVA VOZ| - 0800 510 0015 site: www.senad.gov.br Observatório da Infância - www.observatoriodainfancia.com.br
Sugestões de leitura:
TIBA, Içami. 123 respostas sobre drogas. São Paulo. Scipinone.
MURAD, J. Elias. Projeto De bem com a vida: prevenção às drogas na infância, manual para pais e professores. TCO - Telebrasília.
SANTANDER, Elismar. Em defesa da vida: um programa de prevenção contra o uso de drogas na escola, na família e na comunidade. São Paulo: Paulus. SCHELB, Guilherme Zanina. Violência e criminalidade infanto-juvenil: estratégias para a solução e prevenção de conflitos. Brasília: (ed. do autor), 2007.
TIBA, Içami. 123 respostas sobre drogas. São Paulo. Scipinone.
ALGUMS FOTOS DA MARCHA CONTRA AS DROGAS - IGREJA BATISTA MISSIONÁRIA - IBM - E IGREJAS EVANGÉLICAS DA CIDADE OCIDENTAL - REALIZADA EM JUNHO DE 2011
Cid Junior e Alyne Lima (minhs crias\) |
Luis Fernando Lima |
Luis Fernando e primos |
Participação em massa dos evangélicos |
Marchei pelas drogas e dei um toque na valorização dos professores |
Cid Junior (IBM) em cima do trio filmando e fotografando para seu jornal Opinião |
Show Davi Nasser na Praça da Ocidental |
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